Luiz Fuinha parou o caminhão na frente da loja do turco Mamede e fala pra ele:
- "Seu Mamede, tem aqui um caminhão de arroz sem nota, o preço é metade, o siô aceita?"
- "Claro que Mamede aceita"
Vira-se para o filho "Caledinho e diz:
- "Vai la na esquina e se abarecer o fiscal vem correndo prá visá Bábai".
Começam a descarga e, no meio, aparece Caledinho, correndo apavorado:
- "Bábai! Bábai!… Fiscal vem vindo!"*
Mamede grita:
- "Bára tudo e volta carregar o caminhão!"
Chega o fiscal. Vendo o caminhão sendo carregado, diz:
- " Venda grande não é seu Mamede?"
- "Ôh, ôh! Melhó venda de ano que Mamede feis…"
- "E isso tudo aí tem nota?" pergunta o fiscal.
- "Ainda num tem nota borquê Mamede está esberando carregar brá ver quanto mercadoria quê cabe na caminhón… Daí, Mamede tira nota."
- "Não pode, seu Mamede! A nota fiscal tem de ser emitida antes de carregar, é a política do governo atual"
Mamede, então, dirige-se aos carregadores e grita:
- Ah! Antão bára tudo, que Mamede non qué broblema com receita!…
Volta descarregar tudo caminhón e guardar tudo lá dentro do loja!"
Nenhum comentário:
Postar um comentário