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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Um Durango na Daslu

Daslu, Caviar, Pobre  , Rico  , Sabe o que é bom


Sempre tive vontade de conhecer essa tal de Daslu. Já que estava em São Paulo, por quê não ir? Ainda mais depois que me disseram que lá não existe nenhuma peça que custe menos de três dígitos, resolvi dar uma de São Tomé e ver para crer.

A entrada já foi um problema. O segurança perguntou pelo meu carro - ou motorista.
Quem já foi sabe muito bem: na Daslu - acreditem - não se entra a pé, somente motorizado. Fingi que não era comigo e entrei.

Fui recepcionado por uma loira escultural com sorriso de anúncio de dentifrício, uma sósia escrita e escarrada da Ana Hickman - com direito a 1.30 m de pernas, chapinha no cabelo, olho azul e muito mais.

- Where are you from?
- Belém do Pará... gastando meu inglês.

- I beg your pardon!
- Ok... Baby (gastando meu inglês novamente)


Tava na cara que eu não era paulistano. Mas daí a me confundir com gringo, já é demais. Eu lá tenho cara de estrangeiro! Como um cão sabujo, onde eu ia, ela ia atrás. Dos milhares de itens que admirei boquiaberto, um em particular me encantou. Uma bolsa tiracolo Prada pra lá de maneira que imaginei que coubesse no meu orçamento. Ressabiado, indaguei o preço.

- Nove, apenas nove. E o senhor pode dividir de três vezes no cartão.
- "Nove o quê?
- Nove mil...
- "Égua !!!"

A pequena ficou tão assustada com minha reação que cheguei a pensar que fosse chamar os seguranças. Mas não. Acho que ela sacou que daquele mato não sairia cachorro, no máximo um carrapato. Fechou a cara, deu meia-volta sumiu. Já que estava na chuva, resolvi me molhar.

Entrei num salão onde só tinha Armani. Como já estava enturmado, perguntei o preço de um "vestidinho" de festa. Adivinhem? 100.000 pilas.

Tu és doido! Uma estola de zibelina? 60.000.

Fico imaginando quantos bichinhos foram sacrificados para esquentar o lombo e uma madame.

Um blaser Ermenegildo Zegna (isso lá é nome de grife?), 13.000.Um óculos Gucci, 4.500.

Uma cuequinha básica do Valentino, 260. Com direito a ouvir essa pérola do vendedor: "Leve logo meia dúzia, tá na promoção!". Imaginem quanto ela custava antes.

Na adega climatizada não foi diferente. Um Romaneé-Conti, safra 2000 - aquele do Lula - estava por módicos 8.000 reais.

Uma garrafa de Johnnie Walker Blue, envelhecida 80 anos - uma das raras existentes no planeta, 55.000.

Fiz as contas e verifiquei que no final saí no lucro. "Charlei", vi gente famosa, coisas bonitas, tomei mineral Badoit, capuccino, Prosecco, champanhe Taittinger, fartei-me de canapés, fois gras, blinis com caviar (não era Beluga). Sou duro, mas sei o que é bom. Até confit de canard tracei. De quebra, profiteroles e apetitosos bombons trufados. As horas passaram voando.

Minha acompanhante finalmente apareceu e perguntou:
- Vamos almoçar?
- Almoço? Estou almoçado e jantado!

Depois de conhecer quase tudo descobri que a Daslu é uma espécie de zoológico sem grades .

Só que os bichos somos nós. Eu e você.

Acabado, me esparramei num confortável sofá. Enquanto esperava o resto da turma chegar, abri um livro e relaxei. Mal virei a segunda página, dois novos ricos falando alto, com mais sacolas do que mãos, sentaram ao meu lado esnobando:

- Amanhã vamos para o nosso haras em Catanduva. O réveillon será no Guarujá.

Me deu uma raiva...

Peguei meu celular e resolvi mentir um pouco:

- Cassiano, não encontrei nenhum 'Summer' para o réveillon. Abastece o jatinho. Partimos amanhã cedo para Paris. Essa Daslu tá um lixo!!!

A cara que os dois fizeram, não tem preço.

domingo, 14 de novembro de 2010

E a briga começou

Briga  , Marido,  Mulher  , Casal  , Restaurante  , Vida a dois , Briga Começou
Minha esposa sentou-se no sofá junto a mim enquanto eu passava pelos canais.
Ela perguntou, "O que tem na TV?"
Eu disse, "Poeira."
E a briga começou...


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Minha esposa estava dando dicas sobre o que ela queria para seu aniversáriom que estava próximo.
Ela disse, "Quero algo brilhante que vá de 0 a 200 em cerca de 3 segundos."
Eu comprei uma balança para ela.
E então a briga começou...


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Quando cheguei em casa ontem a noite, minha esposa exigiu que a levasse a algum lugar caro.
Então eu a levei ao posto de gasolina.
E então a briga começou...


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Minha esposa e eu estavamos sentados numa mesa na minha reunião de colegial, e eu fiquei olhando para uma moça bêbada que balançava seu drinque enquanto estava sozinha numa mesa próxima.

Minha esposa perguntou, "Você a conhece ?"

"Sim," disse eu, "Ela é minha antiga namorada...Eu sei que ela começou a beber logo depois que nos separamos há tantos anos, e pelo que sei ela nunca mais ficou sóbria."

"Meu Deus!", disse minha esposa, "quem pensaria que uma pessoa poderia ficar celebrando por tanto tempo?"

E então a briga começou...


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Depois de aposentar-me, fui até o INSS para poder receber meu benefício. A mulher que me atendeu solicitou minha identidade para verificar minha idade.

Chequei meus bolsos e percebi que a tinha deixado em casa. Disse a mulher que lamentava, mas teria que ir até minha casa e voltar depois.

A mulher disse, "Desabotoe sua camisa."

Então, desabotoei minha camisa deixando exposto meus cabelos crespos prateados. Ela disse, "Este cabelo prateado no seu peito é prova suficiente para mim," e processou meu benefício.

Quando cheguei em casa, contei entusiasmado o que ocorrera para minha esposa. Ela disse, "Por que você não abaixou as calças ? Você poderia ter conseguido auxilio-invalidez também..."

E então a briga começou...


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A mulher esta nua, olhando no espelho do quarto de dormir. Ela não está feliz com o que vê e diz para o marido, "Sinto-me horrível; pareço velha, gorda e feia. Eu realmente preciso de um elogio seu."

O marido retruca, "Sua visão está perto da perfeição."

E então a briga começou...


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Eu levei minha esposa ao restaurante. O garçom, por algum motivo, anotou meu pedido primeiro. "Eu vou querer churrasco, mal-passado, por favor."

Ele disse, "Você não está preocupado com a vaca louca ?"

"Não, ela mesma pode fazer seu pedido."

E então a briga começou...




sábado, 6 de novembro de 2010

A Verdade


Uma donzela estava um dia sentada à beira de um riacho deixando a água do riacho passar por entre os seus dedos muito brancos, quando sentiu seu anel de diamante ser levado pelas águas.

Temendo o castigo do pai, a donzela contou em casa que fora assaltada por um homem no
bosque e que ele arrancara o anel de diamante do seu dedo e a deixara desfalecida sobre um canteiro de margaridas.

O pai e os irmãos da donzela foram atrás do assaltante e encontraram um homem dormindo no bosque, e o mataram, mas não encontraram o anel de diamante. E a donzela disse:

- Agora me lembro, não era um homem, eram dois.

- E o pai e os irmãos da donzela saíram atrás do segundo homem e o encontraram, e o mataram, mas ele também não tinha o anel.

E a donzela disse:

- Então está com o terceiro! Pois se lembrara que havia um terceiro assaltante.

E o pai e os irmãos da donzela saíram no encalço do terceiro assaltante, e o encontraram no bosque.

Mas não o mataram, pois estavam fartos de sangue.

E trouxeram o homem para a aldeia, e o revistaram e encontraram no seu bolso o anel de diamante da donzela, para espanto dela.

- Foi ele que assaltou a donzela, e arrrancou o anel de seu dedo e a deixou desfalecida - gritaram os aldeões.

- Matem-no!

- Esperem! - gritou o homem, no momento em que passavam a corda da forca pelo seu pescoço. - Eu não roubei o anel.

Foi ela que me deu!

E apontou para a donzela, diante do escândalo de todos.

O homem contou que estava sentado à beira do riacho, pescando, quando a donzela se aproximou dele e pediu um beijo. Ele deu o beijo.

Depois a donzela tirara a roupa e pedira que ele a possuísse, pois queria saber o que era o amor.

Mas como era um homem honrado, ele resistira, e dissera que a donzela devia ter paciência, pois conheceria o amor do marido no seu leito de núpcias. Então a donzela lhe oferecera o anel,
dizendo "Já que meus encantos não o seduzem, este anel comprará o seu amor".

E ele sucumbira, pois era pobre, e a necessidade é o algoz da honra.

Todos se viraram contra a donzela e gritaram:

"Rameira! Impura! Diaba!" e exigiram seu sacrifício.

E o próprio pai da donzela passou a forca para o seu pescoço.

Antes de morrer, a donzela disse para o pescador:

- A sua mentira era maior que a minha. E eles mataram pela minha mentira e vão me
matar pela sua. Onde está, afinal, a verdade? O pescador deu de ombros e disse:

- A verdade é que eu achei o anel na barriga de um peixe.

Mas quem acreditaria nisso?

O pessoal quer violência e sexo, não histórias de pescador.