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domingo, 25 de setembro de 2022

Eta barquinho!

tranquilo
O único jeito de atravessar aquele rio que separa duas cidadezinhas do interior de Minas é usar um barquinho bem precário, todo cheio de remendos. Quem conduz o barco é um velhinho meio ce
go e trêmulo, que deixava qualquer um morrendo de medo.

Um dia em que Clodomiro tem que resolver um negócio urgente do outro lado do rio, pega o tal barco. No meio do rio, balançando de um lado pro outro, a água respingando na roupa, pergunta pro barqueiro:

-Escuta...o senhor nunca perdeu um passageiro afogado aqui?

-E o velhinho:

-Inté agora não, seu moço... sempre eu acabo achando os corpos enforcados lá embaixo, bem onde o rio faz a curva!


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